quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

MINISTÉRIO - PRESBITEROS E DIACONOS

Doutrina: Diáconos e Presbíteros

Leitura: 1 Tm 3.1-16

Deus tem um plano para cada um de nós. Este plano é perfeito e inclui a nossa salvação em Jesus Cristo (2 Ts 2.13) e também a nossa capacitação para lhe servirmos. Paulo escreve em 2 Co 5.18-20 que Deus nos reconciliou por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação e em Rm 1.5, diz que por meio de Cristo recebemos graça e apostolado, ou seja, o plano de Deus inclui, além da salvação, uma obra para cada um de nós fazermos. Pedro afirma que somos “o povo adquirido … para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para sua maravilhosa luz” (1 Pe 2.9).O Novo Testamento apresenta o ministério do serviço como uma marca de toda a igreja, isto é, como uma conduta normal para todos os discípulos (Mt 20.26-28; Lc 22.26-27). Entretanto, alguns são chamados para exercerem funções e atribuições específicas na Casa de Deus. Neste estudo, nos ateremos ao diácono e presbítero.

DIÁCONO - A palavra “diácono” vem de diakonos que é encontrada algumas 30 vezes no Novo Testamento. Palavras semelhantes são diakonia (ministério ou diaconato) e diakoneo (servir ou ministrar). “Diácono” quer dizer “atendente” ou “servo”. A mesma palavra descreve escravos, empregados e obreiros voluntários. A ênfase não está na posição da pessoa, mas no servo em relação ao seu trabalho.Os diáconos, ou servos, na Bíblia incluem servos domésticos (Jo 2.5,9), e governantes (Rm 13.4), mas os usos mais comuns são de servos de Cristo e da igreja. Jesus usou a palavra para descrever seus discípulos, um em relação aos outros (Mt 23.11), e Paulo usou a mesma palavra freqüentemente para descrever evangelistas ou pregadores da palavra (1 Co 3.5; Ef 6.21). Estes termos, nos usos gerais, descrevem tanto homens como mulheres (Lc 10.40; Rm 16.1). Todos os cristãos devem servir uns aos outros (1 Pe 4.10).Pela natureza da palavra e o contexto da função, se vê que os diáconos cumpriam uma função de serviços secundários, ajudando aos Presbíteros numa localidade, atendendo às necessidades da congregação (At 6.1-6), talvez ajudando no recolhimento das ofertas (1 Tm 3.8) e outras funções administrativas (1 Tm 3.12). Foram escolhidos para servir à igreja (At 6.1-6), sob a supervisão dos apóstolos. Realizavam também a tarefa de evangelismo (At 6.1-3; 8.12).Alguns diáconos: Timóteo (1 Ts 3.2; 1 Tm 4.6), Tíquico (Cl 4.7), Epafras (Cl 1.7), Paulo (1 Co 3.5) e o próprio Cristo (Rm 15.8). A diaconia bíblica não se caracteriza por poder e proeminência mas por serviço ao próximo, por cuidados pastorais. Embora todos os cristãos devem servir a Deus (Rm 6.22-23) e uns aos outros (Mc 10.42-45), o diácono é um servo com um trabalho definido para fazer na igreja (veja At 6.1-5 como exemplo deste tipo de serviço). Era um cargo diferente do presbítero (Fp 1.1).

Estas qualidades são necessárias para ser diácono na igreja do Senhor (1 Tm 3.8-12):

· Irrepreensível (3.8): notável pelo seu comportamento sério e pela confiança que os outros têm nele.
· De uma só palavra (3.8): convicto e fiel ao que diz (Ef 4.11-16).
· Não inclinados a muito vinho (3.8): quem bebe não tem reto juízo (Pv 31.4-5; Is 28.7).
· Não cobiçosos, honesto (3.8): que não cairia na tentação da riqueza.
· Ter a consciência limpa (3.9): um servo fiel de acordo com a palavra de Cristo (veja 1 Co 4.1-2).
· Primeiramente experimentados (3.10): deve ser aprovado antes de assumir a função, não depois.
· Aprovados na família (3.12): Deve ser fiel à esposa e cuidadoso com a vida espiritual de seus filhos. Ser marido e pai é um serviço adequado para provar o caráter do homem de Deus (veja Ef 5.22-6.4).

O bom serviço do diácono resulta em ainda mais confiança e respeito dos outros e no crescimento espiritual do diácono (3.13). Os verdadeiros diáconos devem servir bem e com excelência, auxiliando os Pastores e Presbíteros em diversos aspectos do trabalho da Igreja, com a finalidade de adquirir uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus (1 Tm 3.13).

PRESBÍTEROS - Os presbíteros (episkopos) tinham várias funções: que pregavam e ensinavam (1 Tm 3.2; 5.17; Tt 1.9), oravam e ungiam os enfermos (Tg 5.14), dirigiam igrejas (1 Pe 5.2; 1 Tm 5.17). Segundo o relato de Lucas sobre a origem e expansão do Cristianismo, os presbíteros já estavam presentes na igreja de Jerusalém (At 11.30, 14.23, 15.2,4,6-23), onde eram constituídos de cidade em cidade (Tt 1.5). Tiago e Pedro em suas epístolas gerais, dirigem-se aos presbíteros (1 Pe 5.1,2; Tg 5.14). Paulo dirige-se a eles e os chama de bispos (episkopos), outra palavra empregada para designar este mesmo cargo (At 20.28).Não se sabe quem eram e como foram escolhidos esses presbíteros – provavelmente pela imposição de mãos (At 6.6; 13.3; 1 Tm 4.14; 5.22) - mas certamente foram consagrados pela igreja sob orientação do Espírito Santo e conforme suas qualificações. Parece que atuavam de maneira semelhante aos anciãos das comunidades judaicas e do Sinédrio (At 11.30; 15.2-6.22-23; 16.4; 21.18).Se algum homem deseja ser presbítero, deseja um encargo nobre e importante (1 Tm 3.1). É necessário, porém, que o obreiro seja chamado por Deus e essa aspiração seja confirmada pela Palavra de Deus (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10). A igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. Quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local (cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de Deus, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, Deus expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4; Lv 10.2; 21.7,17; Nm 20.12; 1Sm 2.23; Jr 23.14; 29.23). (Pv 6.32,33). O exemplo de Davi (2Sm 11.1-21; 12.9-15) não é justificativa para a pessoa continuar à frente da igreja de Deus, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Ele era rei e não sacerdote (muitos reis foram extremamente ímpios). Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8; 28.3).

Qualidades exigidas do presbítero (1 Tm 3.1-7; Tt 1.6-9; At 6.1-3):

· Irrepreensível (1 Tm 3.2; Tt 1.6,7): Os padrões bíblicos do presbítero são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida.
· Vigilante, sóbrio, honesto, moderado (1 Tm 3.2; Tt 1.7,8)
· Hospitaleiro (1 Tm 3.2; Tt 1.8)
· Apto para ensinar, sábio (1 Tm 3.2; Tt 1.9; At 6.3)
· Não dado ao vinho (1 Tm 3.3; Tt 1.7)
· Não cobiçoso (1 Tm 3.3; Tt 1.7): Seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o muito”.· Aprovado na sua família (1 Tm 3.4,5; Tt 1.6): marido de uma mulher (fiel – não polígamo) e governe bem sua casa.· Não seja neófito (1 Tm 3.6; Tt 1.7): é preciso ser experimentado para não se ensoberbecer.· Obediente (Tt 1.6)· Ter bom testemunho (1 Tm 3.7; At 6.3): O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” (4.12,15; Tt 2.7; 1 Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.· Santo, cheio do Espírito Santo (Tt 1.8; At 6.3)
· O obreiro deve ser fiel (1 Co 4.1,2).
Devem ser dignos de honra duplicada os que dedicam à Palavra e ao ensino (1 Tm 5.17-19).

PASTORES APROVADOS POR DEUS

Há pastores na maioria das igrejas. Muitas pessoas almejam o cargo de pastor. Biblicamente, a função dos pastores é cuidar do rebanho (igreja) de Deus (veja 1 Pedro 5:1-2; Atos 20:28). Como servos de Deus, os verdadeiros pastores mostrarão a sua preocupação com a vontade do Senhor, fazendo e ensinando o que ele diz.

Nosso estudo de pastores, necessariamente, se baseia na Bíblia. Antes de entrar no estudo, quero explicar meus motivos. Estou escrevendo este artigo para ajudar pessoas honestas a servirem ao Senhor. Conforme o padrão bíblico, eu faço parte de uma congregação local, onde sirvo ao Senhor junto com outras pessoas. Não mantemos nenhum tipo de laço com nenhuma denominação. A nossa responsabilidade é de fazer a vontade de Deus, e aceitamos a Bíblia como a única fonte de informações sobre a vontade dele. Eu não tenho nenhum motivo para defender nem atacar qualquer pessoa ou organização religiosa. Meu propósito é bem simples: servir a Deus e ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo.
Sem dúvida, este artigo não agradará a todos. Da mesma maneira que o ensinamento de Jesus desafiou os líderes religiosos de sua época, a palavra dele exige mudanças radicais por parte dos líderes de muitas igrejas hoje. Não podemos forçar ninguém a mudar, mas podemos e devemos avisar sobre o perigo de seguir a sabedoria humana (leia Provérbios 14:12; Isaías 55:6-9; Jeremias 10:23; Ezequiel 3:18-21). Eu sei, de antemão, que este estudo vai contrariar os ensinamentos e as práticas de muitos pastores e de muitas igrejas. Mas, eu não posso servir a Deus e agradar a todos os homens (Gálatas 1:10). Apresento este artigo depois de anos de estudo e oração, com o único propósito de divulgar e defender a palavra pura do Deus santo. Peço que você aborde o assunto com mansidão e o desejo de aprender a aplicar a palavra do Senhor. "Portanto, despojando_vos de toda impureza e acúmulo de maldade, acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma. Tornai_vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando_vos a vós mesmos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não praticante, assemelha_se ao homem que contempla, num espelho, o seu rosto natural; pois a si mesmo se contempla, e se retira, e para logo se esquece de como era a sua aparência. Mas aquele que considera, atentamente, na lei perfeita, lei da liberdade, e nela persevera, não sendo ouvinte negligente, mas operoso praticante, esse será bem_aventurado no que realizar" (Tiago 1:21-25).

Pastores/anciãos no Velho Testamento

Sabemos que o Novo Testamento, o evangelho de Cristo, fornece o padrão para a igreja de hoje (veja João 12:48-50; Hebreus 8:6-13; 2 João 9; Colossenses 3:17). Mas o Antigo Testamento contém exemplos instrutivos que ajudam para entender a vontade de Deus (1 Coríntios 10:1-13; Romanos 15:4). No Velho Testamento, encontramos líderes entre o povo de Israel chamados, às vezes, anciãos (o sentido da palavra presbítero no Novo Testamento). Os anciãos das cidades israelitas resolveram problemas que surgiram entre as pessoas (Deuteronômio 21:2,19; 22:15-17; Rute 4:1-11). Quando não conduziram o povo no caminho de Deus, ele cobrou: "O Senhor entra em juízo contra os anciãos do seu povo e contra os seus príncipes. Vós sois os que consumistes esta vinha; o que roubastes do pobre está em vossa casa. Que há convosco que esmagais o meu povo e moeis a face dos pobres? —diz o Senhor, o Senhor dos Exércitos" (Isaías 3:14-15). Deus condenou os pastores gananciosos que não compreenderam a vontade dele e conduziram o povo ao pecado (Isaías 56:9-12). Jeremias transmitiu as palavras do Senhor sobre pastores maus: "Porque os pastores se tornaram estúpidos e não buscaram ao Senhor; por isso, não prosperaram, e todos os seus rebanhos se acham dispersos" (Jeremias 10:21). "Ai dos pastores que destroem e dispersam as ovelhas do meu pasto! —diz o Senhor. Portanto, assim diz o Senhor, o Deus de Israel, contra os pastores que apascentam o meu povo: Vós dispersastes as minhas ovelhas, e as afugentastes, e delas não cuidastes; mas eu cuidarei em vos castigar a maldade das vossas ações, diz o Senhor" (Jeremias 23:1-2).

Pastores nas igrejas do Novo Testamento

No Novo Testamento, encontramos muitas referências aos pastores/presbíteros/ bispos. Descobrimos em Atos 20:17 e 28 que esses três termos se referem aos mesmos homens (veja, também, 1 Pedro 5:1-2, onde os presbíteros pastoreiam). Não temos nenhuma base bíblica para usar o termo "bispo" para descrever um cargo, "pastor" para outro e "presbítero" para ainda outro. Pastores, bispos e presbíteros são os mesmos servos. Lendo o livro de Atos, achamos vários versículos que mencionam presbíteros: na Judéia (11:30); em cada igreja na Ásia Menor (14:23); em Jerusalém (15:2,4,6,22,23; 16:4); da igreja em Éfeso (20:17,28) e, mais uma vez, em Jerusalém (21:18). As epístolas, também, se referem aos homens que pastoreavam as igrejas: "pastores e mestres" (Efésios 4:11); "bispos" em Filipos (Filipenses 1:1); "o presbitério" (1 Timóteo 4:14); "presbíteros que há entre vós" (1 Pedro 5:1; aqui aprendemos que Pedro era presbítero, um dos dois apóstolos assim identificados—veja 2 João 1 e 3 João 1).
O trabalho dos presbíteros inclui várias funções importantes: pastorear (Atos 20:28; 1 Pedro 5:2); ensinar (Efésios 4:11-16; Tito 1:9); ser modelos (1 Pedro 5:3); presidir (1 Timóteo 5:17); vigiar (Atos 20:31); velar por almas (Hebreus 13:17); guiar (Hebreus 13:17); cuidar/governar (1 Timóteo 3:5); ser despenseiro de Deus (Tito 1:7); exortar (Tito 1:9); calar os enganadores (Tito 1:9-11); etc.
Observamos em todos os exemplos bíblicos que as igrejas que tinham presbíteros sempre tinham mais de um. Seja em Jerusalém, Éfeso, Filipos ou outro lugar, sempre fala dos presbíteros no plural. A prática comum nas igrejas de hoje, de ter um só pastor numa congregação, não tem nenhum fundamento bíblico.

As qualificações bíblicas de pastores/presbíteros/bispos

Paulo cita as qualificações dos bispos/presbíteros em duas cartas (1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9). A linguagem dele deixa bem claro que ele não está dando meras sugestões, e sim requerimentos. Em 1 Timóteo 3:2 ele diz: "É necessário, portanto, que o bispo seja...." Tito 1:7 diz: "Porque é indispensável que o bispo seja...." Antes de examinar as qualificações em si, vamos entender bem esse ponto. Os requerimentos que encontramos nesses dois trechos são qualidades que o Espírito Santo revelou, através de Paulo, como exigências. Para servir como presbítero, um homem precisa de todas essas qualidades. Ninguém tem direito de apagar nenhum "i" ou "til" do que Deus falou aqui.
Agora, vamos ler o que o Espírito falou nessas duas listas paralelas (bem semelhantes, mas não exatamente iguais).
"Fiel é a palavra: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra almeja. É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, temperante, sóbrio, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não violento, porém cordato, inimigo de contendas, não avarento; e que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus?); não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo. Pelo contrário, é necessário que ele tenha bom testemunho dos de fora, a fim de não cair no opróbrio e no laço do diabo" (1 Timóteo 3:1-7).
"Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi: alguém que seja irrepreensível, marido de uma só mulher, que tenha filhos crentes que não são acusados de dissolução, nem são insubordinados. Porque é indispensável que o bispo seja irrepreensível como despenseiro de Deus, não arrogante, não irascível, não dado ao vinho, nem violento, nem cobiçoso de torpe ganância; antes, hospitaleiro, amigo do bem, sóbrio, justo, piedoso, que tenha domínio de si, apegado à palavra fiel, que é segundo a doutrina, de modo que tenha poder tanto para exortar pelo reto ensino como para convencer os que o contradizem" (Tito 1:5-9).
Leia esses trechos com bastante atenção. Os pastores na sua igreja têm todas essas qualificações? São homens? Casados? Pais de famílias? Com filhos crentes? Conhecedores da palavra? Hospitaleiros? Respeitados por todos? Irrepreensíveis? Professores capazes? Amigos do bem? Têm todas as outras qualidades citadas aqui? Homens com todas essas qualificações são uma grande bênção ao povo de Deus, e serão extremamente úteis nas igrejas locais onde servem como presbíteros. Mas, pessoas que não têm essas qualificações não são autorizadas por Deus a serem pastores. A igreja que escolhe pessoas não-qualificadas como bispos está desrespeitando a palavra de Deus. Pessoas não-qualificadas que aceitam o cargo de pastor estão agindo contra o Supremo Pastor. Presbíteros não-qualificados que continuam nesse papel estão violando a palavra de Deus.
É notável que essas passagens não falam nada sobre escolaridade, cursos superiores, cursos de teologia, diplomas, certificados de seminários, etc. Muitas igrejas têm colocado tais coisas como seus próprios requerimentos, deixando de lado as exigências de Deus.

Desafios atuais

Não é possível, num pequeno artigo como este, elaborar um estudo completo sobre pastores. O propósito deste artigo é desafiar cada leitor a estudar mais, procurando entender bem o que Deus revelou sobre liderança na igreja. Mas, não é o bastante ouvir a palavra. Tem que praticá-la (Tiago 1:22-25). Se você, ou a igreja onde você congrega, esteja agindo de forma errada, há uma solução só: arrepender-se e começar a obedecer ao Senhor. Pastores não-qualificados devem renunciar ou serem removidos do cargo, para não trazer a ira de Deus sobre a igreja. E se sua igreja insiste em manter pastor(es) não aprovado(s) de Deus, você terá que escolher entre Deus e os homens (Mateus 15:9; Josué 24:15). Tal igreja está desordenada (Tito 1:5) e não procede como deve (1 Timóteo 3:15). Igrejas que ainda não têm presbíteros devem encorajar todos os homens a se desenvolverem espiritualmente para serem qualificados, se possível, no futuro.



É bem provável que alguns leitores, especialmente os que fazem parte da liderança de algumas denominações, não gostarão deste artigo. Não aceite nada que vem de mim ou de qualquer outro homem; mas não rejeite nada que vem de Deus. "Porventura, procuro eu, agora, o favor dos homens ou o de Deus? Ou procuro agradar a homens? Se agradasse ainda a homens, não seria servo de Cristo" (Gálatas 1:10).



-por Dennis Allan